Três pontos considerados polêmicos ainda devem ser discutidos pelos
líderes partidários antes que os projetos que garantem a igualdade entre
homens e mulheres no mercado de trabalho (PLs 6653/09 e 4857/09) sejam levados a votação no Plenário.
Segundo a relatora da matéria, deputada Iriny Lopes (PT-ES), três
pontos das propostas poderão encontrar resistência entre os
parlamentares. São eles: a criação de comitês pró-igualdade entre os
sexos no ambiente de trabalho, o acesso dessas comissões a informações
das firmas e ainda a criação de um cadastro das empresas que discriminam
mulheres.
Os pontos, disse Iriny, são polêmicos porque envolvem questões
trabalhistas. Conforme o texto, o comitê que promoverá a igualdade e
investigará denúncias de assédio moral ou sexual, por exemplo, será
composto por homens e mulheres que terão estabilidade no emprego
enquanto participarem do grupo. Para realizar suas atividades, esse
comitê terá acesso garantido a informações de empresas, que poderão
entrar para um cadastro negativo caso não cumpram o que estabelece a
lei.
A banca feminina
queria que as propostas tivessem sido votadas na quarta-feira (7), como
parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher. A relatora, no
entanto, sugeriu a retirada de pauta, e os líderes partidários
concordaram em analisar a matéria na próxima semana. “Não houve tempo
para que as lideranças discutissem o substitutivo elaborado na tarde de
quarta,” afirma.
Iriny Lopes explica que havia sido designada relatora das propostas
naquele mesmo dia. Ela se reuniu às pressas com representantes de
partidos para elaborar o texto que deverá ser votado, mas achou mais
seguro o adiamento.
Na próxima semana, a deputada tentará sistematizar o que já foi
discutido e voltará a conversar com líderes. “Interessa que a votação
leve à aprovação. Quero criar condições para isso”, acrescentou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias