5 de março de 2012

Medida Provisória e Saúde da mulher

 
 
 
As atividades alusivas ao Mês da Mulher, comemorado a partir de amanhã e o debate da Medida Provisória 557/2011, envolvendo também a Secretaria de Política para as Mulheres foram os principais temas tratados pela bancada feminina na Câmara dos Deputados com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta tarde (29). “A pauta de demandas é significativa, em particular no âmbito da saúde pública”, explicou a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG), presidente da recém-instalada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que trata da violência contra a mulher.

A redução da mortalidade e morbidade materna esteve entre os assuntos abordados, quando o ministro manifestou sua expectativa de uma redução significativa nos óbitos em consequência de problemas na gestação e no parto. O levantamento, já em fase final de apuração, aponta para uma redução de 19% da mortalidade no ano passado.

A Medida Provisória (MP) 557/2011 publicada pelo Ministério da Saúde em dezembro, instituindo o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna tem suscitado dúvidas até mesmo sobre sua legalidade, pois segundo as primeiras avaliações, ela altera a legislação geral que organiza o sistema de saúde (Lei 8080/1990).
 
A MP também prevê o cadastro universal das gestantes e puérperas para identificar as gestações de risco com o propósito de obrigar Estados e Municípios a dar uma assistência mais direta a tais casos. Segundo Padilha, a meta é viabilizar com urgência uma Política Integral de Atenção à Saúde de Mulher. Outra previsão da MP é a concessão de benefício de R$ 50 para as gestantes cadastradas no Sistema Nacional, como auxilio de deslocamento e acesso às ações e aos serviços de saúde relativos ao pré-natal e assistência ao parto prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Graça Borges / Foto: Luís Oliveira/Ascom-MS
Fonte:  http://www.vermelho.org.br/mg/noticia.php?id_noticia=176876&id_secao=76

Iracema Portella cria projeto de combate à violência contra mulheres

Iracema Portella cria projeto de combate à violência contra mulheres

A deputada federal Iracema Portella (PP-PI), preocupada com os índices de violência cada vez mais disseminada no País, vendo todo o esforço necessário na luta contra as diversas manifestações de violência no dia a dia da população brasileira, vê a necessidade urgente de promover a cultura da paz nas escolas, nas comunidades, nas empresas, nos governos, nos meios de comunicação de massa.
Para a deputada piauiense, a escola hoje em dia é um dos ambientes mais propensos à violência, o que tem afetado o aprendizado, o bem-estar, a qualidade de vida e até a integridade de alunos e professores.

Para prevenir essas situações, que, lamentavelmente, têm se tornado cada vez mais comuns, a parlamentar apresentou na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 3273, de 2012, que dispõe sobre a Política de Prevenção à Violência contra Educadores.
Essa Política tem como objetivos centrais estimular a reflexão sobre a violência física e moral cometida contra educadores, no exercício de suas atividades acadêmicas e educacionais nas escolas e comunidades; e colocar em prática medidas preventivas, cautelares e punitivas para situações em que educadores, em decorrência do exercício de suas funções, estejam sob-risco de violência que possa comprometer sua integridade física e moral.
Iracema Portella justifica que o PL prevê a realização de campanhas educativas que priorizem a prevenção e o combate à violência física e moral, bem como o constrangimento contra educadores; o afastamento temporário ou definitivo de aluno ou funcionário agressor de sua unidade de ensino, dependendo da gravidade do delito cometido; a transferência do aluno agressor para outra escola, caso as autoridades educacionais concluam pela impossibilidade de sua permanência na unidade de ensino; e a licença temporária do educador que esteja em situação de risco de suas atividades profissionais, enquanto perdurar a potencial ameaça, sem perda dos seus vencimentos.
 Para Iracema, a situação chegou a tal ponto que é hora de propor um pacto em favor da educação, pedra fundamental do desenvolvimento cultural, social e econômico do País, começando pela defesa dos professores e demais educadores.
Não são raros os casos em que a convivência na escola tem sido marcada por agressividade e violência, muitas vezes banalizadas, comprometendo a qualidade do processo de ensino-aprendizagem e das relações entre as escolas, as famílias dos alunos e a comunidade como um todo – destacou a deputada.
“Muitas escolas estão se tornando territórios de agressões e conflitos. Notícias sobre homicídios e uso de armas em estabelecimentos de ensino surgem em diversas partes do Brasil e de outros países, intensificando a percepção de que a escola deixou de ser um território protegido”, disse.
Iracema reforça que as agressões sofridas por educadores estão cada vez mais frequentes e graves no cotidiano das escolas brasileiras. Tais agressões não se configuram somente no aspecto físico, sendo registrados números significativos de agressões verbais, furtos e vandalismo, entre outras manifestações de violência.
“Na tentativa de enfrentar as agressões a que são acometidas os educadores, este Projeto de Lei busca, por meio de um enfoque educativo, inibir tais ações que prejudicam de forma efetiva o processo educacional”, finalizou a parlamentar piauiense.
Fonte:  http://www.cidadeverde.com/deputada-expoe-projeto-de-prevencao-a-violencia-contra-educadores-95763



29 de fevereiro de 2012

A cada hora duas mulheres são agredidas na capital paulista

A cada hora duas mulheres são agredidas na capital paulista, diz deputada

Larissa Ponce
Dep. Jô Moraes (PDdoB-MG)


A deputada Keiko Ota (PSB-SP), eleita nesta terça-feira vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), criada para investigar as agressões contra a mulher no Brasil , chamou a atenção para os dados da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo. “Os dados mostram que de setembro a dezembro de 2011 foram registradas, em todo o estado, 16.981 ocorrências de lesão corporal contra mulheres. E, somente na capital, duas mulheres são vítimas de agressão a cada hora”, disse.
Durante a reunião, a comissão aprovou 17 requerimentos, a maioria para solicitar audiências públicas com autoridades no assunto e pedidos de realização de encontros em vários estados. A relatora da CPMI, senadora Ana Rita (PT-ES), disse que vai apresentar o cronograma de trabalho na semana que vem. Mas adiantou que será importante promover reuniões com diversas autoridades. “Neste primeiro momento é importante ouvirmos os ministros da Justiça e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República”.
A senadora citou dados do governo federal que mostram que 42 mil mulheres foram assassinadas no País de 1998 a 2008. Outro número que chama a atenção é que, em quatro anos, de 2006 a 2010, aumentou em 16 vezes a quantidade de atendimentos pelo Disk 180, que recebe denúncias de agressões contra as mulheres.

Falhas institucionais

Segundo a presidente da comissão, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a CPMI deve fazer um diagnóstico para identificar possíveis falhas nas instituições que atuam no combate à violência contra a mulher, como delegacias, abrigos e varas especializadas. Ela afirmou ainda que em Minas Gerais, por exemplo, existem 40 mil processos para serem analisados por apenas duas varas especializadas.
A deputada destacou também que outra preocupação são os casos de violência sexual contra mulheres. “Não podemos deixar de analisar o caso da violência sexual fora do ambiente de casa, como os estupros e agressões que as mulheres sofrem nas ruas, até mesmo dentro de ônibus do transporte coletivo. A Lei Maria da Penha não atende a essa demanda”, declarou.
A comissão foi instalada no dia 8 de fevereiro e tem o prazo de 180 dias para concluir os trabalhos e apresentar relatório.
Reportagem – Jaciene Alves
Edição – Newton Araújo


Fonte:  http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/DIREITOS-HUMANOS/410024-A-CADA-HORA-DUAS-MULHERES-SAO-AGREDIDAS-NA-CAPITAL-PAULISTA,-DIZ-DEPUTADA.html

Cármen Lúcia será primeira mulher a comandar eleições brasileiras

 
 
Na última semana de abril, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia tomará posse como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo e já começará o mandato sob fogo cruzado.  
 
Em ano de eleição municipal, o trabalho no TSE costuma ser dobrado, graças à grande quantidade de candidatos espalhados nos mais de 5.000 municípios do país.

Cármen Lúcia Antunes Rocha é a terceira filha de seis irmãos, estudou em um colégio interno de Belo Horizonte, escreveu sete livros e fala fluentemente cinco línguas – inglês, francês, italiano, alemão e espanhol. Solteira e sem filhos, a ministra se dedicou à carreira jurídica desde cedo. Após formar-se em Direito pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas Gerais, fazer Mestrado e Doutorado, foi professora da mesma faculdade por quase 20 anos.

A mineira foi procuradora-geral de seu Estado quando o conterrâneo Itamar Franco esteve na Presidência do Brasil, mas foi no governo de Luiz Inácio Lula da Silva que ela chegou ao STF, em 2006. Nascida no dia 19 de abril em Montes Claros, a ministra é conhecida por falar com eloquência e firmeza, mas somente o necessário, com educação e equilíbrio.
 
 Ao assumir a vaga deixada por Nelson Jobim no STF, em 2006, ela declarou também sentir o peso da responsabilidade de atuar no Judiciário.

- O julgamento dos atos alheios é das mais difíceis e pesadas tarefas humanas. Nele se jogam a transcendência dos fins morais e a força imanente do cotidiano. O juiz não é mero aplicador das leis, tal como são redigidas. Cabe-lhe interpretá-las, conforme seu saber e sua consciência, em todas as decisões que toma.

Expectativas

Sem muita vaidade - apesar de estar entre os mais jovens ministros do Supremo, ela não se esforça para esconder os cabelos brancos -, a ministra levará ao comando do processo eleitoral brasileiro a discrição que lhe é característica.

Segundo o professor de direito constitucional da UnB (Universidade de Brasília) Paulo Blair, Cármen Lúcia tem perfil contemporâneo, evitando o protagonismo excessivo, mas sem deixar de se impor durante os votos.

- Ela faz parte da geração de juristas que viveu a necessidade de rever o processo democrático brasileiro e por isso é bastante voltada para o sentido atual de democracia, com participação social e exigências de moralidade.

Para o presidente da Comissão de Estudos Constitucionais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio de Souza Neto, se ela mantiver o estilo adotado no Supremo, o processo eleitoral nas mãos de Cármen Lúcia será conduzido de forma segura e prudente.

- Acho que na presidência do TSE a ministra deve seguir a atitude rigorosa de cuidar da observância das regras do jogo, mas ela vai deixar claro que o protagonista do processo eleitoral são os partidos e os candidatos.

O advogado e integrante do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral Alberto Pavie Ribeiro destaca que, apesar de ter muita afinidade com o atual presidente do TSE, Ricardo Lewandówski, Cármen Lúcia deverá implantar seu próprio perfil no tribunal.

- Ela irá impor seu figurino, mas sem fazer como prefeitos de municípios, que chegam destruindo tudo que o antecessor construiu. Provavelmente vai continuar agindo como faz quando substitui o presidente, decidindo com extrema agilidade os casos que chegam às suas mãos. 
 
Fonte:  http://www.paraiba.com.br/2012/02/27/61343-carmen-lucia-sera-primeira-mulher-a-comandar-eleicoes-brasileiras


28 de fevereiro de 2012

Comemoração dos 80 anos do voto deve estimular atuação da mulher na vida política

A deputadafederal Nilda Gondim (PMDB-PB) vai aproveitar as comemorações ao Dia Internacional da Mulher (08 de Março) para reforçar a sua defesa por uma participação mais efetiva da mulher na vida política do País, dos seus Estados e dos seus Municípios.

As comemorações, segundo a deputada, serão marcadas especialmente pela realizaçãode palestras em escolas (com a participação de mulheres e jovens) sobreassuntos ligados às questões de saúde, educação e direitos da mulher. Haverá também ações de cidadania na Praça da Bandeira, com a oferta de serviços como corte decabelo e manicure, exames oftalmológicos, de glicose e de diabetes; ações de educação, com a participação de representantes da Delegacia Especializada daMulher, de equipes da Previdência Social, com informações sobre os direitos da mulher trabalhadora, e de especialistas na área de empreendedorismo.

 Direito do voto feminino 
A deputada peemedebista falará também dos 80 anos de cidadania da mulher brasileira, conquistados há pouco mais de 80 anos (no dia 24 de fevereiro de 1932) com a obtenção do direito de votar nas eleições nacionais.
“No dia 24 defevereiro de 2012 comemoramos os 80 anos de uma data muito especial marcadapela publicação do Código Eleitoral Provisório que deu à mulher brasileira o direito de votar nas eleições nacionais para escolha dos dirigentes públicos do País. Até então, os homens eram  detentoresde todos os espaços e poderes políticos brasileiros”, comentou. “Naquele primeiromomento – acrescentou –, a conquista, apesar de muito importante, era parcial,uma vez que o Código Eleitoral Provisório permitia apenas que mulheres casadas(com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar”.
“As restrições ao pleno exercício do voto feminino – continuou Nilda Gondim – só foram eliminadas dois anos depois, com o Código Eleitoral de 1934. Mesmo assim, a iniciativa de exercer o direito de votar era facultativa às mulheres, sendoobrigatório apenas o voto masculino. E somente em 1946 o voto feminino, sem restrições, passou a ser obrigatório no Brasil”.
Para a deputada foi a partir da igualdade de poder de voto entre homens e mulheres que o Brasil começou a acelerar seus passos rumo à realidadede grandes conquistas do segmento feminino de sua sociedade, hoje responsávelpelo exercício de cargos públicos importantíssimos, dentre eles a Presidência da República.
A primeira mulher a votar e ser votada para a Câmara Federal (até então somente dos deputados) foi a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz. Eleita em 03 de maio de 1933, ela teve participação ativa nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte entre os anos de 1934 e 1935.
No Senado da República, a primeira mulher a ocupar um lugar entre os legisladores masculinos foi Eunice Michiles (PDS-AM). Eleita primeira suplente em 1979, ela assumiu oposto com a morte do titular, senador João Bosco de Lima. “Depois de EuniceMichiles, que saiu das eleições de 1979 como suplente, as primeiras mulhereseleitas senadoras (já como titulares) foram Júnia Marise (PRN-MG) e MarlucePinto (PTB-RR). A conquista aconteceu nas eleições 1990”, acrescentou.
A mulher no Poder Executivo – No âmbito doPoder Executivo, Nilda Gondim lembrou que em 1994 a atual governadoramaranhense Roseana Sarney (PMDB) entrou para a história do País como a primeiramulher eleita para governar um Estado no Brasil: o próprio Maranhão. Ela foieleita pelo então Partido da Frente Liberal (PFL).
Dois anosdepois, em 1996, o Congresso Nacional instituiu o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos políticos a inscreverem, no mínimo,20% de mulheres nas chapas proporcionais. No ano seguinte (1997), o sistema foi revisado e a cota mínima para as candidaturas femininas passou a ser de 30%.
Para adeputada Nilda Gondim, a cota mínima estabelecida na Legislação Eleitoralcontribuiu para a presença mais efetiva da mulher nas linhas de frente dosembates políticos, favorecendo, assim, a presença de mais mulheres nos Governosmunicipais, estaduais e federal.
Ministérios – A primeira mulher a ocupar o cargo no Brasil foi Maria Esther Figueiredo Ferraz,que em 1982 assumiu o Ministério da Educação. A deputada acrescentou que hoje, as mulheres não só estão à frente de vários Ministérios,como há uma Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, comandada pelaministra Eleonora Menicucci de Oliveira. Eleonora substituiu a ex-ministra IrinyLopes, que deixou o governo para se dedicar à sua pré-candidata à Prefeitura deVitória/ES pelo Partido dos Trabalhadores.
Além de EleonoraMenicucci, segundo ressaltou a deputada peemedebista, a mulher brasileiratambém está presente nos seguintes Ministérios: Casa Civil (Gleisi Hoffmann –senadora pelo PT do Paraná), Planejamento, Orçamento e Gestão (MiriamBelchior), Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Tereza Campello), MeioAmbiente (Izabella Teixeira), e Cultura (Ana Maria Buarque de Hollanda).
E ainda:Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Maria do Rosário Nunes– deputada federal pelo PT do Rio Grande do Sul), Secretaria de Políticas dePromoção da Igualdade Racial (Luiza Helena de Bairros), Secretaria de RelaçõesInstitucionais (Ideli Salvatti – senadora pelo PT de Santa Catarina), eSecretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Helena Chagas).