28 de fevereiro de 2012

Comemoração dos 80 anos do voto deve estimular atuação da mulher na vida política

A deputadafederal Nilda Gondim (PMDB-PB) vai aproveitar as comemorações ao Dia Internacional da Mulher (08 de Março) para reforçar a sua defesa por uma participação mais efetiva da mulher na vida política do País, dos seus Estados e dos seus Municípios.

As comemorações, segundo a deputada, serão marcadas especialmente pela realizaçãode palestras em escolas (com a participação de mulheres e jovens) sobreassuntos ligados às questões de saúde, educação e direitos da mulher. Haverá também ações de cidadania na Praça da Bandeira, com a oferta de serviços como corte decabelo e manicure, exames oftalmológicos, de glicose e de diabetes; ações de educação, com a participação de representantes da Delegacia Especializada daMulher, de equipes da Previdência Social, com informações sobre os direitos da mulher trabalhadora, e de especialistas na área de empreendedorismo.

 Direito do voto feminino 
A deputada peemedebista falará também dos 80 anos de cidadania da mulher brasileira, conquistados há pouco mais de 80 anos (no dia 24 de fevereiro de 1932) com a obtenção do direito de votar nas eleições nacionais.
“No dia 24 defevereiro de 2012 comemoramos os 80 anos de uma data muito especial marcadapela publicação do Código Eleitoral Provisório que deu à mulher brasileira o direito de votar nas eleições nacionais para escolha dos dirigentes públicos do País. Até então, os homens eram  detentoresde todos os espaços e poderes políticos brasileiros”, comentou. “Naquele primeiromomento – acrescentou –, a conquista, apesar de muito importante, era parcial,uma vez que o Código Eleitoral Provisório permitia apenas que mulheres casadas(com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar”.
“As restrições ao pleno exercício do voto feminino – continuou Nilda Gondim – só foram eliminadas dois anos depois, com o Código Eleitoral de 1934. Mesmo assim, a iniciativa de exercer o direito de votar era facultativa às mulheres, sendoobrigatório apenas o voto masculino. E somente em 1946 o voto feminino, sem restrições, passou a ser obrigatório no Brasil”.
Para a deputada foi a partir da igualdade de poder de voto entre homens e mulheres que o Brasil começou a acelerar seus passos rumo à realidadede grandes conquistas do segmento feminino de sua sociedade, hoje responsávelpelo exercício de cargos públicos importantíssimos, dentre eles a Presidência da República.
A primeira mulher a votar e ser votada para a Câmara Federal (até então somente dos deputados) foi a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz. Eleita em 03 de maio de 1933, ela teve participação ativa nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte entre os anos de 1934 e 1935.
No Senado da República, a primeira mulher a ocupar um lugar entre os legisladores masculinos foi Eunice Michiles (PDS-AM). Eleita primeira suplente em 1979, ela assumiu oposto com a morte do titular, senador João Bosco de Lima. “Depois de EuniceMichiles, que saiu das eleições de 1979 como suplente, as primeiras mulhereseleitas senadoras (já como titulares) foram Júnia Marise (PRN-MG) e MarlucePinto (PTB-RR). A conquista aconteceu nas eleições 1990”, acrescentou.
A mulher no Poder Executivo – No âmbito doPoder Executivo, Nilda Gondim lembrou que em 1994 a atual governadoramaranhense Roseana Sarney (PMDB) entrou para a história do País como a primeiramulher eleita para governar um Estado no Brasil: o próprio Maranhão. Ela foieleita pelo então Partido da Frente Liberal (PFL).
Dois anosdepois, em 1996, o Congresso Nacional instituiu o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos políticos a inscreverem, no mínimo,20% de mulheres nas chapas proporcionais. No ano seguinte (1997), o sistema foi revisado e a cota mínima para as candidaturas femininas passou a ser de 30%.
Para adeputada Nilda Gondim, a cota mínima estabelecida na Legislação Eleitoralcontribuiu para a presença mais efetiva da mulher nas linhas de frente dosembates políticos, favorecendo, assim, a presença de mais mulheres nos Governosmunicipais, estaduais e federal.
Ministérios – A primeira mulher a ocupar o cargo no Brasil foi Maria Esther Figueiredo Ferraz,que em 1982 assumiu o Ministério da Educação. A deputada acrescentou que hoje, as mulheres não só estão à frente de vários Ministérios,como há uma Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, comandada pelaministra Eleonora Menicucci de Oliveira. Eleonora substituiu a ex-ministra IrinyLopes, que deixou o governo para se dedicar à sua pré-candidata à Prefeitura deVitória/ES pelo Partido dos Trabalhadores.
Além de EleonoraMenicucci, segundo ressaltou a deputada peemedebista, a mulher brasileiratambém está presente nos seguintes Ministérios: Casa Civil (Gleisi Hoffmann –senadora pelo PT do Paraná), Planejamento, Orçamento e Gestão (MiriamBelchior), Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Tereza Campello), MeioAmbiente (Izabella Teixeira), e Cultura (Ana Maria Buarque de Hollanda).
E ainda:Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Maria do Rosário Nunes– deputada federal pelo PT do Rio Grande do Sul), Secretaria de Políticas dePromoção da Igualdade Racial (Luiza Helena de Bairros), Secretaria de RelaçõesInstitucionais (Ideli Salvatti – senadora pelo PT de Santa Catarina), eSecretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Helena Chagas).