15 de fevereiro de 2012

“Sou combativa”, diz Maria das Graças Foster ao definir seu perfil



Em entrevista coletiva, após sua cerimônia de posse, a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, se mostrou uma mulher calma e coerente. Ela garantiu que não pretende fazer grandes mudanças em sua equipe e que irá trabalhar intensamente para manter as metas de crescimento da companhia.
“Competitividade é a nossa premissa número um. Continuaremos com disciplina na busca das melhores práticas”.
Ao falar sobre seu perfil de trabalho, Foster se definiu como uma executiva, que busca a execução e gosta de conversar, manter uma discussão permanente.
Negócios 2011-2015 aconteçam e, o que não estiver acontecendo, vou querer saber por quê. Sou combativa, para mim é tudo em cima de números”, descreveu-se.
Perguntada sobre segurança ambiental, preocupação que ficou ainda mais inflamada depois dos recentes vazamentos de óleo no Brasil, Foster afirmou que manterá altos investimentos em tecnologia, para que as operações sejam as mais seguras possíveis, além de trabalho excessivo em cima da prevenção.
“Há uma série de regras e observações que antes tinham grande importância e que agora têm extrema importância. A prevenção exige as melhores práticas possíveis. Nossa cultura de prevenção está cada vez mais forte. Auditorias internas serão e estão sendo muito mais rigorosas do que qualquer auditoria externa”, esclareceu.

Fonte: http://www.jb.com.br/economia/noticias/2012/02/13/sou-combativa-diz-maria-das-gracas-foster-ao-definir-seu-perfil/


Petrobras : Primeira mulher na presidência da Companhia


A presidenta da República, Dilma Rousseff, esteve nesta segunda-feira (13/02), no Rio de janeiro, para participar da posse da nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster. Engenheira, funcionária de carreira da empresa há 32 anos, Foster ocupava desde 2007 a diretoria de Gás e Energia. Caberá à executiva, mineira de Caratinga, substituir o economista baiano José Sergio Gabrielli de Azevedo, o mais longevo presidente da Petrobras, titular do cargo por seis anos e sete meses.
Dilma Rousseff, que durante sete anos presidiu o Conselho de Administração da Petrobras, destacou a importância da companhia para o Brasil: “Conheço a competência do corpo funcional desta empresa, que representa a capacidade deste país de superar desafios. Quero despedir-me do Gabrielli, grande companheiro que dirigiu a Petrobras nos últimos anos, e cumprimentar a Graça Foster, que saberá dar continuidade às conquistas da gestão que termina, com toda a capacidade e seriedade que sempre nortearam a sua vida profissional.”
Gabrielli agradeceu aos diretores da Petrobras pela aprendizagem e troca de ideias. “Estou triste por deixar o convívio dessas pessoas tão extraordinárias. Dificilmente encontrarei tanta dedicação, competência e eficiência como nos quadros da Petrobras. Ao mesmo tempo estou alegre por saber que deixo a empresa nas mãos de alguém com a capacidade, lealdade e companheirismo da Graça Foster. É uma craque”, afirmou.
O agora ex-presidente da Petrobras lembrou que, aos poucos, conquistou a confiança do mercado e dos petroleiros e comentou algumas realizações de sua gestão. “Esse desconhecido economista baiano conseguiu superar as desconfianças iniciais do mercado financeiro e das empresas de petróleo. Gostaria de destacar em minha gestão a autossuficiência em petróleo, a expansão do investimento em refino e o retorno à petroquímica, a criação da Petrobras Biocombustível, o marco regulatório do pré-sal.”
Gabrielli também citou a criação das redes temáticas com instituições de pesquisa, a política de conteúdo nacional e maior capitalização da história, cerca de US$70 bilhões, realizada em setembro de 2010. Ele creditou tantas realizações ao fato de ter sido “um maestro de excelentes músicos”. Encerrou o discurso falando da sensação de dever cumprido, “realizado e reconhecido”.
Também compareceram à cerimônia ministros, deputados federais, governadores e prefeitos, entre outras autoridades.

Fonte:  http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2012/02/13/posse-companhia-tem-primeira-mulher-presidente-em-58-anos/

Quando as mulheres lideram

O mundo seria mais pacífico se fosse governado por mulheres? Um novo e estimulante livro, do psicólogo da Universidade Harvard Steven Pinker, diz que sim. Em The Better Angels of Our Nature ("Os melhores anjos de nossa natureza", em tradução livre), ele apresenta dados mostrando que a violência humana, embora ainda excessiva nos dias atuais, vem declinando gradativamente. Além disso, ele afirma, "ao longo da história, as mulheres têm sido e serão uma força pacificadora".
A guerra tradicional é um jogo masculino: as mulheres tribais nunca se reuniram em bandos para atacar tribos vizinhas. Como mães, elas têm incentivos para manter condições pacíficas para nutrir sua prole e garantir que seus genes sobrevivam na geração seguinte.
Os incrédulos imediatamente responderão que as mulheres não travaram uma guerra simplesmente porque raramente tiveram posições de poder. Se tivessem assumido cargos de liderança, as condições existentes num mundo anárquico as obrigariam a adotar as mesmas decisões belicosas que os homens. Margaret Thatcher, Golda Meir e Indira Gandhi foram mulheres poderosas e todas levaram seus países à guerra. Mas é verdade também que essas mulheres chegaram à liderança agindo conforme as regras políticas do "mundo dos homens". Elas conseguiram se adequar aos valores masculinos, o que permitiu sua ascensão à liderança. Num mundo em que as mulheres assumiram a metade das posições de liderança, elas devem se comportar de modo diferente no poder.
E então, surge uma questão mais ampla: gênero é realmente importante na liderança? Em termos de estereótipos, vários estudos psicológicos mostram que os homens tendem a preferir o poder duro do comando, ao passo que as mulheres são mais colaboradoras e intuitivamente compreendem o poder brando da atração e da persuasão. Os americanos costumam descrever liderança usando estereótipos masculinos fortes, mas estudos recentes mostram um sucesso crescente do que antes era considerado um "estilo feminino".
Nas sociedades com base em informação, as redes vêm substituindo as hierarquias e os trabalhadores intelectuais são menos submissos. E em muitas organizações a administração vem mudando no sentido da "liderança compartilhada" e uma "liderança dividida", com os líderes no centro de um círculo e não mais no topo de uma pirâmide. O antigo CEO do Google, Eric Schmidt, dizia que precisava "afagar" seus funcionários.
Estímulo. O ex-presidente George W. Bush definiu seu papel como "daquele que decide", mas a moderna liderança é muito mais do que isso. Hoje o líder tem de ser capaz de usar as redes, colaborar e estimular a participação. O estilo não hierárquico das mulheres e a sua capacidade de relacionamento ajustam-se mais a uma liderança que agora é necessária neste novo mundo das organizações e grupos com base em conhecimento. E os homens, em média, estão menos preparados para oferecer.
No passado, quando as mulheres tinham de abrir à força o caminho para chegar ao topo das organizações, elas precisavam adotar um "estilo masculino", contrariando a norma social da "gentileza" feminina. Mas hoje, com a revolução da informação e a democratização exigindo uma liderança mais participativa, o "estilo feminino" tem se tornado um caminho para se atingir uma liderança mais eficaz. Para ter sucesso como líderes, homens não só terão de avaliar o estilo de suas colegas mulheres, mas usar com maestria aquelas mesmas habilidades.
Esta é uma tendência, não (ainda) um fato. Ainda há poucas mulheres em posições de liderança, e elas ainda detêm apenas 5% dos cargos no alto escalão das empresas e uma minoria de postos legislativos (somente 16% nos EUA, por exemplo, em comparação com 45% na Suécia). Num estudo feito com 1.941 dirigentes de países independentes, no século 20, foram encontradas apenas 27 mulheres, e cerca da metade delas chegou ao poder na qualidade de viúvas ou filhas de um governante. Ainda no século 20, menos de 1% dos líderes eram mulheres que chegaram ao poder por seu próprio esforço.
Assim, diante do novo conceito mencionado nos estudos sobre liderança, no sentido de que a entrada na era da informação significou entrar no mundo feminino, por que as mulheres não têm um melhor desempenho? Falta de experiência, as responsabilidades familiares em primeiro lugar, um comportamento caracterizado pela busca do acordo, e a antiga e flagrante discriminação, tudo isso ajuda a explicar esta defasagem.
Os caminhos exigidos para uma ascensão profissional e as normas culturais que os criaram e reforçaram não permitiram às mulheres adquirir os talentos exigidos para posições de alto escalão em muitas organizações.
Pesquisas mostram que mesmo nas sociedades democráticas as mulheres enfrentam um risco social maior do que os homens quando tentam negociar, por exemplo, um aumento na sua remuneração. As mulheres em geral não estão bem integradas nas redes masculinas que dominam as organizações, e os estereótipos de gênero ainda prejudicam aquelas que tentam vencer as barreiras.
Essa tendência começa a desaparecer nas sociedades com base em informação, mas é um erro identificar o novo tipo de liderança que necessitamos nesta era da informação simplesmente como "o mundo da mulher". Mesmo positivos, os estereótipos são péssimos para mulheres, homens e uma liderança eficaz.
Os líderes devem ser vistos menos em termos de comando heroico e mais no sentido de alguém que estimula a participação dentro de uma organização, grupo, país ou rede. Questões envolvendo o estilo apropriado - ou seja, quando adotar maneiras mais duras ou mais brandas - também são importantes para os homens e para as mulheres, e isso não deve ser ofuscado pelos tradicionais estereótipos de gênero.
Em algumas circunstâncias, os homens terão de agir mais "como mulheres", em outros as mulheres necessitarão ser mais "como homens".
Decisões cruciais sobre guerra e paz no nosso futuro dependerão não do gênero, mas de como os líderes combinarão os poderes duro e brando para criar estratégias inteligentes. Homens e mulheres é que tomarão essas decisões. Mas é provável que Pinker esteja certo quando observa que as regiões do mundo em que a violência não diminuiu também são regiões atrasadas no sentido da delegação de poderes para as mulheres. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

* JOSEPH S., NYE, PROJECT SYNDICATE, É EX-SECRETÁRIO ADJUNTO DA DEFESA DOS EUA, PROFESSOR EM HARVARD 
 
Fonte:  http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,quando-as--mulheres-lideram-,834744,0.htm

13 de fevereiro de 2012

Legalização do aborto: Nova ministra, velho tabu

Mal assumiu o cargo e a nova ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Eleonora Menicucci, já foi colocada entre a cruz e a espada. De um lado, a gritaria de parte da opinião pública, representada sobretudo pela bancada religiosa do Congresso, que há anos trava a discussão sobre a descriminalização do aborto no País. De outro, a militância assídua de movimentos sociais que lutam no sentido oposto – e cobram avanços na discussão.
Ao mesmo tempo em que a presidenta Dilma Rousseff, vítima do medievalismo do debate  desde a campanha eleitoral, relega o debate para o Legislativo, resoluções da sociedade civil tiradas na Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, no fim de 2011, exigem uma postura do Executivo.
“Desde a primeira Conferência, a pauta da descriminalização do aborto é votada pelas mulheres como uma das diretrizes a ser implantadas”, diz Rosângela Talib, da ONG Católicas pelo direito de decidir.
Mas, desde 2005, quando a Secretaria de Políticas para as Mulheres elaborou um projeto de lei e encaminhou para o Congresso Nacional propondo a descriminalização do aborto, o governo se eximiu de novas tentativas.
“Nunca se conseguiu que o projeto avançasse lá [no Congresso]”, explica ela.
“O abortamento é uma questão de saúde pública, para além da questão ideológica e moral. Mulheres estão morrendo por fazer abortamento inseguro. Favorecer a possibilidade das mulheres continuarem vivas é uma pauta do Ministério da Saúde”, acredita Rosângela.
Apesar de católico, o movimento não tem ligação com a bancada religiosa no Congresso Nacional – que, segundo o movimento, ainda imprime uma visão muito conservadora em relação aos direitos reprodutivos das mulheres.
Meniccuci já enfrentou seu primeiro paredão quando, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, afirmou ser favorável ao aborto. Depois, consertou com a análise oficial do governo. “Minha posição pessoal já não interessa. A matéria da legalização ou descriminalização do aborto é uma matéria que não diz respeito ao Executivo, mas ao Legislativo”, completou.
No sentido oposto ao da descriminalização, projetos querem proibir até mesmo os casos de aborto já permitidos no Código Penal, como os casos de estupro ou que a mãe corre risco de vida com o nascimento.
Entre eles, o mais famoso é o Estatuto do Nascituro. Elaborado pelo deputado Luiz Bassuma (PV) e Miguel Martini (PHS), o projeto de lei visa garantir alguns direitos aos fetos.
“Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido”, defende.
Assim, o “nascituro” adquire responsabilidade jurídica e todos direitos assegurados ao cidadão.
O projeto prevê prisão de até três anos para mulheres que praticarem o aborto. Além disso, impossibilita o procedimento em casos de estupro. Para compensar, a mãe recebe uma “bolsa-estupro” de quem a violentou, paga pelo estuprador ou pelo próprio estado, caso este não seja identificado.  O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) é o relator do projeto desde o final de 2012, na Comissão de Finanças e Tributação.
Desde então, o nome nascituro causa arrepios em militantes de movimentos feministas. Foi esse o termo utilizado na Medida Provisória 577, lançada pela Presidência da República e que institui um cadastro obrigatorio para as grávidas.
O nome irritou os movimentos sociais. Depois da pressão desse setor, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, decidiu pela retirada do termo. O anúncio foi feito na reunião do Conselho Nacional de Saúde, que contou com a participação dos movimentos sociais ligados a causa da mulher.
“O nascituro criava uma brecha jurídica porque punha o feto como um sujeito de direitos na lei”, diz Talib. Ela argumenta que o próprio STF considerou o cidadão apenas depois do nascimento, ao julgar as pesquisas com células-tronco.  Apesar da vitória, Talib aponta que o cadastro, que tem o intuito de melhorar as condições do pré-natal das mulheres grávidas, pode servir para o controle de abortamentos ilegais.
Nesse cenário, a ministra Eleonora Menicucci é a parceira solitária dos movimentos sociais no governo.
“Foi uma grata surpresa a Leo [Eleonora] assumir a Secretaria de Políticas para Mulheres, ela é uma profissional muito gabaritada, muito presente no movimento, nossa parceira do movimento social”, lembra Talib.
Mas sozinha, afirma a militante, ela não pode fazer nada. “Ela tem uma pauta para colocar em ação”, afirma Talib, em referência às diretrizes tiradas na última Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Mesmo assim, Talib acredita que a ministra imprimirá sua marca em suas ações na secretaria.



TSE decide sobre Twitter em eleições nesta semana

Tribunal dirá se uso é legal antes da propaganda eleitoral…
…placar está 3 a 2 contra a rede social; faltam 2 votos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve continuar nesta semana o julgamento sobre a legalidade de mensagens de cunho eleitoral no Twitter antes de 6 de julho –data em que a propaganda eleitoral passa a ser permitida. O tribunal terá sessões plenárias na 3ª (14.fev.2012) e na 5ª feira (16.fev.2012).
O placar está 3 a 2 contra a possibilidade de veicular apoio aos candidatos no microblog. Gilson Dipp interrompeu o julgamento na última 3ª (7.fev.2012) e deve votar primeiro. Depois será vez do presidente da corte, Ricardo Lewandowski.
Votaram a favor do uso livre do Twitter na pré-campanha Carmen Lúcia e Dias Toffoli. Foram contra Marcelo Ribeiro, Aldir Passarinho e Henrique Neves. Marco Aurélio não votará porque era substituído interinamente por Toffoli, que já votou. Nancy Andrighi substituiu Aldir Passarinho na corte e não votará.

Resumo do caso

A polêmica começou em 2010: em 4.jul.2010, antes do início do período de propaganda eleitoral permitida, o ex-deputado federal Indio da Costa (ex-DEM; atual PSD) pediu votos no Twitter para ele e José Serra (PSDB). Indio era candidato a vice-presidente da República na chapa presidencial encabeçada por Serra.
Os tweets de Indio foram: “A responsabilidade é enorme. Mas conto com o seu apoio e com o seu voto. Serra Presidente: O Brasil pode mais”; “Vou dar tudo de mim. Vamos para as ruas eleger Serra Presidente”; “A mobilização aqui na rede fará a diferença, conto com você”; e “Juntos aqui na rede faremos a diferença”.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu e, em 18.jul.2010, o ministro do TSE Henrique Neves aplicou multa de R$ 5 mil contra Indio por propaganda eleitoral antecipada. Ele considerou como propaganda antecipada somente o tweet que pedia votos.

Polêmica

O julgamento em curso ocorre porque Indio da Costa recorreu da decisão. Em 2010, a defesa do político alegou que não houve propaganda antecipada porque consistiu “numa troca de ideias em ambiente restrito” e que a utilização do Twitter “não pode ser considerada como ato que leva ao conhecimento geral uma candidatura e as suas propostas. Trata-se, bem se vê, de uma interlocução entre pessoas que se dispuseram a falar sobre os temas que são de livre escolha, numa comunidade previamente estabelecida”.
Já o ministro Henrique Neves, que aplicou a multa contra Indio da Costa, considerou que “o acesso independe de cadastro, as mensagens são instantaneamente copiadas para as páginas dos seguidores e, possivelmente, são replicadas para tantas outras”. Na decisão pela multa, ele alegou que na mensagem em que pede votos, Indio da Costa “foi além”.
Em contraposição, o ministro Dias Toffoli disse, segundo divulgado pelo site do TSE, que mensagens postadas no Twitter são conversas entre pessoas, comparáveis a conversas telefônicas. Para ele, interferir nessa relação interferiria numa “seara absolutamente individual”.

Opinião do Blog

Será um avanço para o país se o julgamento do TSE terminar com uma decisão favorável ao livre uso de redes sociais, a começar pelo Twitter. A tomar a Constituição ao pé da letra, candidatos e não candidatos têm o direito constitucional de escrever o que quiserem a qualquer tempo e hora, inclusive mensagens de apoio a políticos fora do período de campanha.
Na realidade, vigora no Brasil um jogo de hipocrisia consentida. A legislação eleitoral do país pavimenta esse caminho: fixa prazos rígidos para cidadãos poderem dizer em público que são candidatos a um cargo eletivo. Até o dia 5 de julho, ninguém é candidato. A partir da meia-noite desse dia, como num passe de mágica, os candidatos surgem e podem assim se apresentar.
A rigor, essa lei é flagrantemente inconstitucional. Se alguma entidade com poder de ajuizar uma ação no Supremo Tribunal Federal quiser, certamente terá sucesso derrubando os aspectos da lei eleitoral que determinam uma censura no caso de candidatos que queiram se declarar como tal quando bem desejarem.
A rigor, o que não pode é prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores e presidente fazerem campanha no horário de expedientes. Mas à noite, sem usar o dinheiro público, não causariam nenhum dano. E cidadãos sem cargo público não deveriam ter impedimento de fazer campanha no horário em que desejassem.
Mas lei eleitoral só é assim por conveniência de quem está no poder. Primeiro, foi a ditadura militar (1964-1985), a quem interessava campanhas bem delimitadas e restritas. Na democracia pós-1985, os sucessivos governos viram vantagens em manter as campanhas políticas enrijecidas por um calendário engessado.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a lei eleitoral foi mudada para diminuir o tempo de propaganda eleitoral de 60 para 45 dias. É também dessa época a restrição ao uso de camisetas e bonés com o nome de um candidato. Essa proibição –certamente também inconstitucional– coloca o Brasil como único país na galáxia que impede um político e seus apoiadores de usarem vestuário com inscrições pedindo voto.
Trata-se de anomalia a favor dos mais poderosos. O político sem recursos pouco pode a não ser confeccionar algumas camisetas no fundo do quintal de sua casa, de forma artesanal. No Brasil, isso é crime eleitoral.
Como também poderá ser um crime, a depender do TSE, um cidadão pedir votos para outro no Twitter quando bem entender.
Se o TSE derrubar a proibição ao livre uso das redes sociais as coisas não se tornam perfeitas, mas pelo menos o país passa a entrar em um caminho mais normal e menos esquizofrênico no que diz respeito a regras eleitorais.



O papel das mulheres nas mudanças no mundo árabe

Mais de um ano após o início dos movimentos por mais democracia nos países árabes, os homens parecem continuar dominando, pelo menos na política: é o que indicam os novos governos da Tunísia ou do recém-votado parlamento egípcio.

No Egito, apenas 2% dos representantes do povo são mulheres, embora o país tenha ratificado em 1981 a Convenção das Nações Unidas para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e concordado em aumentar a cota de mulheres no setor político, de acordo com o proposto nas metas do milênio.

Neste contexto, não devemos esquecer que a responsável pelo começo da revolução no Egito foi uma mulher. Em 2011, a blogueira Asma Mahfouz usou o Facebook para convocar a população a transformar o feriado egípcio de 25 de janeiro em dia de manifestações contra a ditadura no país.
Na história recente dos países árabes, as mulheres sempre foram às ruas protestar quando o assunto é de interesse nacional. Na Tunísia, organizações de mulheres se manifestaram nos anos 1940 contra o poder colonial francês. No Egito, Hoda Shaarawi arrancou em público seu véu da cabeça, em 1923, em sua luta pela emancipação das mulheres e contra a ocupação britânica.

Do ponto de vista árabe, a participação feminina nas manifestações públicas em 2011 não foi novidade. Também não é novidade o aumento de jovens e mulheres árabes na internet. Nos países árabes, moças "decentes" não saem de casa quando têm tempo livre, mas ficam em casa com suas famílias. Twitter, blogs e afins oferecem, então, a chance de elas se comunicarem com o mundo exterior. O número de mulheres jovens que fazem uso destas ferramentas virtuais nos países árabes está aumentando.
O que surpreendeu nos últimos anos foi a determinação e a eficiência com que muitas mulheres organizaram as manifestações. Não usaram somente da internet, mas também foram às ruas, de porta em porta buscar apoio.
No Cairo e em Túnis, mulheres de pé, nas ruas, com suas bolsas debaixo dos braços, gritaram palavras de ordem contra o regime, até os vizinhos saírem de suas casas e aderirem à manifestação. Estas mulheres não somente trabalharam nos bastidores das manifestações, cuidando da logística das atividades de protesto, como também marcharam à frente dos grupos, incitando a grande massa.

Impressionante foi também a forma como homens e mulheres integrantes da revolução no Egito se respeitaram e lidaram uns com os outros. Os tabus e as proibições de costume não receberam importância naquela altura, até porque todos lutavam pela mesma causa: a transparência no país e o tratamento das vítimas da repressão contra os manifestantes.

Outra surpresa no que se refere à participação das mulheres nas revoluções árabes foi a firmeza com que elas se opuseram à violência sexual, sozinhas ou em grupo. Tanto na Tunísia quanto no Egito, homens integrantes das forças de segurança tentaram humilhar as manifestantes, ao passar a mão entre suas pernas ou seios, para forçá-las a abandonar o protesto.

No Egito, mulheres manifestantes detidas pela polícia foram obrigadas a passar por uma espécie de "teste de virgindade". As consultas ginecológicas obrigatórias aconteceram, em parte, na presença de policiais, o que foi percebido pelas vítimas como estupro. Muitas dessas mulheres não tiveram coragem de se opor às autoridades por vergonha ou por medo de suas famílias.

Porém uma delas recorreu à Justiça e venceu. Samira Ibrahim, de 25 anos, conseguiu em dezembro de 2011 que os "testes de virgindade" à força fossem proibidos. Fato que fez com que milhares de mulheres fossem às ruas do Cairo protestar contra o conselho militar.

A autoconfiança das jovens mulheres árabes é um indício para as profundas mudanças que ocorrem nas sociedades do Norte da África e do Oriente Médio. Também estruturas familiares estão mudando. Nos países do noroeste da África, a taxa de fecundidade caiu pela metade nos últimos 20 anos. No Oriente Médio, o ritmo é mais lento, mesmo registrando menos nascimentos. Em diversas cidades grandes, se tornou comum as famílias terem em média apenas dois filhos.

Com estas mudanças, as mulheres vêm exigindo também outros tipos de liberdade, como, por exemplo, as relacionadas à vida pública. Porém neste quesito ainda esbarram em uma sociedade patriarcal, uma tendência intensificada com o avanço dos partidos islâmicos e dos movimentos islâmicos conservadores.

Os defensores deste tipo de ideologia pregam, por um lado, a superioridade moral do islamismo e, por outro, a obrigatoriedade das mulheres de obedecer. Defendem, por exemplo, que mulheres não devem desempenhar certos cargos públicos porque seriam emotivas demais.

Outro problema são as discriminatórias leis contra as mulheres vigentes em quase todos os países árabes, sobretudo referentes aos direitos relacionados ao casamento, divórcio e herança. Na maioria dos países árabes, estas leis são extremamente conservadoras, baseadas no islã.

Além destes, também o direito penal é carente de reformulação. Com exceção da Tunísia, os países árabes proíbem veementemente o aborto. O que resulta anualmente na morte de muitas mulheres que buscam o aborto ilegal.

A Tunísia e o Marrocos já mostraram, porém, que no âmbito do direito islâmico é possível reformular algumas leis que antes desfavoreciam as mulheres. Mas, ainda assim, muitas mulheres continuam com problemas nestes países porque juízes conservadores se negam a fazer valer as leis reformuladas. Somente no Cairo, centenas de milhares de mulheres não têm certidão de nascimento ou carteira de identidade.

Fonte: Deustche Welle, por Martina Sabra http://www.vermelho.org.br/sp/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=175186

Retirando o véu da mulher árabe

No momento em que alguém diz o substantivo com o qualificativo “mulher árabe” o que vem à mente dos ocidentais? Sejamos sinceros, a qual imagem nos remete? É bem possível que nos venha a imagem de uma mulher coberta com o hijab – um lenço amarrado à cabeça –, acompanhado por um vestido longo com mangas compridas; um vestido folgado para não realçar as linhas do corpo. Ou, mais rígido ainda, uma mulher trajando o niqab, que é totalmente preto e cobre o rosto, deixando aparecer somente os olhos. Para sermos ainda mais radicais, podemos pensar em uma mulher usando a burca, aquele traje que cobre o corpo inteiro, inclusive os olhos, e a mulher enxerga através de uma telinha – vestimenta usada pelas mulheres do Afeganistão, que são muçulmanas, mas não árabes.
 
Para os ocidentais, esses trajes se tornaram símbolo da submissão e da carência dos direitos básicos. Quando vemos uma fotografia de uma mulher com essas vestimentas, imediatamente pensamos: “Coitadinha! Tem que obedecer cegamente ao marido, não pode estudar, não pode exercer a profissão que deseja, não tem direito a votar, nem a ser votada…” Seria essa mesmo a realidade da mulher árabe? É claro que essa imagem procede se formos à Arábia Saudita, onde as normas são regidas por leis de uma seita islâmica ultraconservadora – os wahabitas – e que, por mais paradoxal que possa parecer, não têm nada a ver com a verdadeira essência do Islã. A mulher que vive lá realmente tem direitos muito limitados. Não vota, nem é votada; só pode exercer certas profissões nas áreas da educação ou medicina (mas só para mulheres); não pode viajar sem estar acompanhada do marido, pai, irmão ou filho. Mas seria a mulher da Arábia Saudita o exemplo preciso da mulher árabe de hoje? Absolutamente não.
 
A mulher árabe, atualmente, está mais próxima dos ensinamentos do Alcorão do que nunca. Em maior ou maior grau, ela tem liberdade, pode exercer qualquer profissão – desde motorista de taxi até comandante de aviões. Ela pode frequentar as melhores universidades que suas condições financeiras permitirem; pode votar e ser votada. Enfim, as mulheres árabes participam de um amplo leque de atividades profissionais, educacionais, acadêmicas e políticas em seus países. Na Síria e no Líbano, por exemplo, a mulher pode votar e ser votada desde 1947. No Egito, desde 1952; na Tunísia, desde 1956. Quase todos os países árabes têm mulheres em seus congressos.
 
Espera aí, eu disse “próxima dos ensinamentos do Alcorão”? Sim, porque quando o islamismo surgiu, no início do século VII, veio conferir à mulher da península Arábica um status de liberdade, de direitos, de posição e de prestígio dentro da comunidade, libertando-a da condição inferior que possuía dentro da sociedade tribal em que vivia. Em nenhuma sociedade do mundo da época, isto é, no século VII – inclusive Roma e Grécia –, a mulher chegou a atingir um estágio tão elevado de liberdade, respeitabilidade, direitos e de participação na sociedade como a mulher árabe após o advento do Islã. Entretanto, a sociedade patriarcal árabe não conseguiu quebrar todas as correntes que a prendiam aos hábitos tribais pré-islâmicos. Portanto, muitas coletividades rurais e nômades (beduínos), tinham o islamismo como a religião a ser seguida nos dogmas e  práticas, mas as mulheres dessas comunidades permaneciam presas aos velhos costumes da jahilya (ignorância) – como é chamado o período anterior ao advento do Islã.
 
Dentro da história Islâmica há a participação de várias mulheres que ajudaram a expandir a religião muçulmana – a começar pela primeira esposa do Profeta Mohamed, Khadija bint Khueilid; Fátima, filha do Profeta com Khadija; Zainab bint Ali; Aisha bint Abu Bakr, a última esposa do Profeta que, inclusive, participou de uma guerra contra o Imã Ali, causando um racha político no Islã. Desse racha, surgiram os xiitas, ou seja, os partidários de Ali. Nos séculos que se seguiram foi grande a participação da mulher no tecido social islâmico como cádi – juíza, governante, mestre de jurisprudência islâmica –; no campo da medicina; nas artes da eloquência, poesia e narrativa.
 
Com a chegada do Império Otomano, a mulher árabe estagnou. Aliás, convém afirmar que os homens também pararam no tempo durante os quase quinhentos anos de domínio otomano. Ninguém, exceto a elite árabe, tinha acesso às escolas e universidades. O ensino disponível à maioria limitava-se ao aprendizado da leitura do Alcorão – uma leitura rude, sem a devida compreensão do que se lia. Foram, então, cinco séculos de escuridão.
 
As duas guerras mundiais passaram com todos seus efeitos positivos ou negativos e, hoje, a mulher árabe disputa com os homens os bancos das universidades, os cargos acadêmicos, as vagas de médicos nos hospitais; debate jurisprudência islâmica com os sábios, participa ativamente da política e faz revoluções. Sem dúvida, foi formidável a participação das mulheres nas derrubadas de governos da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Assim como tem sido extraordinária a participação das mulheres no levante que está havendo no Bahrein e no suporte político que têm dado ao presidente da Síria, Bashar al Assad.
 
Mas e o véu? O hijab não seria o símbolo da submissão? Elas não são obrigadas a andar “enroladas com aqueles panos”? Não, em absoluto! Só é obrigatório na Arábia Saudita, por razões que já expliquei. Nos demais países árabes, anda de hijab quem quer. Entretanto, devido à islamofobia que grassa no Ocidente, muitas mulheres universitárias, acadêmicas, executivas, profissionais liberais estão aderindo ao hijab. Isso se deve nem tanto à obediência aos dogmas religiosos, mas muito mais como uma orgulhosa  afirmação de identidade. Como quem diz, de forma altiva e um tanto arrogante, para todo o mundo ver e ouvir: “Eu sou muçulmana!  E daí?”
 
 
 

Mulheres chinesas incorrem em multas para ter segundo filho em Hong Kong

 

As mulheres do interior da China que tiverem um segundo filho em Hong Kong podem ser multadas por violação da política chinesa do 'filho único', alertaram hoje as autoridades chinesas.

"Não importa se têm um segundo filho no interior da China ou em outros  países ou regiões, eles (os casais) violaram as políticas do país", afirmou  o diretor do departamento de planeamento familiar da província chinesa de  Guangdong (sul), Zhang Feng, indicando que aqueles que trabalham na função  pública "devem mesmo ser demitidos dos cargos". 
Algumas mulheres oriundas de várias regiões do interior da China foram  multadas nos últimos meses no regresso a casa, depois de terem tido um segundo  filho em Hong Kong, de acordo com Zhang Feng que não especificou, em declarações  ao jornal China Daily, quantas mulheres foram alvo de sanções e que tipo  de multas foram aplicadas. 
De acordo com a imprensa oficial chinesa, um aviso publicado no portal  eletrónico do governo da província de Guangdong dá conta de que os infratores  incorrem em multas num valor seis vezes superior ao rendimento 'per capita'  correspondente ao local onde residem no interior da China. 
Mesmo para os primogénitos, muitas mulheres preferem realizar o parto  em Hong Kong onde os filhos passam a ter direito de residência e onde podem  um dia radicar-se.  Em Hong Kong, os serviços de maternidade têm sido "invadidos" por um  forte fluxo de mulheres do interior da China.  
A deslocação para as unidades hospitalares da antiga colónia britânica  é feita, na maior parte das vezes, com apoio de intermediários que as ajudam  a passar a fronteira já no final do tempo de gravidez, a conseguir alojamento  e uma das poucas camas disponíveis para as parturientes não locais.  As autoridades de Hong Kong fixaram para este ano a quota de camas destinadas  a parturientes não locais, nos hospitais públicos e privados, em 34.400.
De acordo com a rádio e televisão pública de Hong Kong (RTHK), que citou  o Secretário para a Saúde, York Chow, as políticas de restrição estão a  começar a ter efeito, na medida em que se verificou uma recente quebra no  número de mulheres do interior da China que tiveram filhos no território.
Segundo York Chow, as emergências dos hospitais notaram uma descida  de 20 por cento em termos do total de mulheres que deram entrada já perto  da fase de trabalho de parto. 
O secretário para a Saúde de Hong Kong garantiu que o Governo vai continuar  a tentar diminuir este fluxo que se tornou num problema e que levou o executivo  a aumentar também as taxas cobradas nos hospitais pelos serviços de maternidade.
"Atualmente não é possível reservar uma cama para setembro. E para outubro  já não há muitas disponíveis", indicou uma funcionária de uma agência com  base em Shenzhen - adjacente a Hong Kong -, em declarações citadas pelo  China Daily. 
De acordo com as agências, realizar um parto em Hong Kong custa atualmente  a estas mulheres mais do que 100 mil dólares de Hong Kong (9,7 mil euros),  quantia 20 vezes superior à média cobrada no interior da China. Só o aluguer  de uma cama custa cerca de 20 mil dólares (1,9 mil euros). 
A introdução de quotas de camas levou as agências a atualizar os preços  que, em 2013, devem sofrer um aumento de pelo menos 15 mil yuan (1,8 mil  euros). 
A política do 'filho único' foi introduzida na China nos anos 70 para  controlar a explosão populacional e assegurar melhores condições de saúde  e educação no país. 

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2012/02/08/mulheres-chinesas-incorrem-em-multas-para-ter-segundo-filho-em-hong-kong


Publicidade Deputadas organizam comemoração do Dia Internacional da Mulher

As deputadas integrantes da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) se reuniram nesta quarta-feira (8) com lideranças do Fórum Popular de Mulheres do Paraná para organizar a atividade conjunta, alusiva ao Dia Internacional da Mulher, que deverá acontecer no dia 7. A agenda no Legislativo deverá integrar um calendário de ações comemorativas dos movimentos sociais, que acontecerão de 7 a 9 de março, incluindo caminhadas, palestras e debates sobre as questões de gênero, o combate à violência, saúde, educação e a ampliação da participação política da mulher. Nesta semana de eventos, está prevista a realização do 1º Encontro Estadual de Mulheres Estudantes. A expectativa é de que três mil mulheres de todo o estado participem dessas atividades.



 

Mulheres batucam pelo fim da violência na Gigantes do Samba

Uma batida consciente vai ecoar na quadra da Escola Gigantes do Samba, situada na Bomba do Hemetério (RPA2), nesta quarta-feira (08), a partir das 17h, quando a Secretaria Especial da Mulher do Recife promoverá a atividade educativa “Batuque pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. A ação prepara o público feminino para brincar no Bloco Nem Com Uma Flor e está sendo realizada em todas as seis Regiões Político-Administrativas (RPA’s) da cidade.

A atividade será animada pela bateria mirim da verde e branca campeã do último Carnaval. Na ocasião, as moradoras da RPA 2 poderão trocar os produtos de higiene – creme de pentear, colônia, condicionador, depilador e pente – por uma senha. O comprovante dá direito a uma camisa do bloco que a portadora irá receber no dia 16, das 13h às 16h, na Praça do Arsenal - local de concentração da agremiação.

Única agremiação feminista do país, o Bloco Nem Com Uma Flor desfilará sairá na quinta-feira (16) da Semana Pré-Carnavalesca, às 17h, da Praça do Arsenal percorrendo as ruas do Recife Antigo. Com o estandarte lilás – a cor que identifica o Movimento Feminista Internacional – a agremiação escolheu por tema “Na terra do frevo as mulheres se fortalecem pelo fim da violência”.

Segundo a secretária Especial da Mulher, Rejane Pereira, o desfile do bloco será animado pelas orquestras 100% Mulher e de Lourdinha Nóbrega. Este ano é o 11º Carnaval consecutivo da agremiação. O nome Nem com Uma Flor foi inspirado nos versos de um antigo frevo-canção composto por Capiba no final da década de 60, intitulado “Cala a Boca Menino”.