As mulheres do interior da China que tiverem um segundo filho em Hong Kong podem ser multadas por violação da política chinesa do 'filho único', alertaram hoje as autoridades chinesas.
"Não importa se têm um segundo filho no interior da China ou em outros países ou regiões, eles (os casais) violaram as políticas do país", afirmou o diretor do departamento de planeamento familiar da província chinesa de Guangdong (sul), Zhang Feng, indicando que aqueles que trabalham na função pública "devem mesmo ser demitidos dos cargos".
Algumas mulheres oriundas de várias regiões do interior da China foram multadas nos últimos meses no regresso a casa, depois de terem tido um segundo filho em Hong Kong, de acordo com Zhang Feng que não especificou, em declarações ao jornal China Daily, quantas mulheres foram alvo de sanções e que tipo de multas foram aplicadas.
De acordo com a imprensa oficial chinesa, um aviso publicado no portal eletrónico do governo da província de Guangdong dá conta de que os infratores incorrem em multas num valor seis vezes superior ao rendimento 'per capita' correspondente ao local onde residem no interior da China.
Mesmo para os primogénitos, muitas mulheres preferem realizar o parto em Hong Kong onde os filhos passam a ter direito de residência e onde podem um dia radicar-se. Em Hong Kong, os serviços de maternidade têm sido "invadidos" por um forte fluxo de mulheres do interior da China.
A deslocação para as unidades hospitalares da antiga colónia britânica é feita, na maior parte das vezes, com apoio de intermediários que as ajudam a passar a fronteira já no final do tempo de gravidez, a conseguir alojamento e uma das poucas camas disponíveis para as parturientes não locais. As autoridades de Hong Kong fixaram para este ano a quota de camas destinadas a parturientes não locais, nos hospitais públicos e privados, em 34.400.
De acordo com a rádio e televisão pública de Hong Kong (RTHK), que citou o Secretário para a Saúde, York Chow, as políticas de restrição estão a começar a ter efeito, na medida em que se verificou uma recente quebra no número de mulheres do interior da China que tiveram filhos no território.
Segundo York Chow, as emergências dos hospitais notaram uma descida de 20 por cento em termos do total de mulheres que deram entrada já perto da fase de trabalho de parto.
O secretário para a Saúde de Hong Kong garantiu que o Governo vai continuar a tentar diminuir este fluxo que se tornou num problema e que levou o executivo a aumentar também as taxas cobradas nos hospitais pelos serviços de maternidade.
"Atualmente não é possível reservar uma cama para setembro. E para outubro já não há muitas disponíveis", indicou uma funcionária de uma agência com base em Shenzhen - adjacente a Hong Kong -, em declarações citadas pelo China Daily.
De acordo com as agências, realizar um parto em Hong Kong custa atualmente a estas mulheres mais do que 100 mil dólares de Hong Kong (9,7 mil euros), quantia 20 vezes superior à média cobrada no interior da China. Só o aluguer de uma cama custa cerca de 20 mil dólares (1,9 mil euros).
A introdução de quotas de camas levou as agências a atualizar os preços que, em 2013, devem sofrer um aumento de pelo menos 15 mil yuan (1,8 mil euros).
A política do 'filho único' foi introduzida na China nos anos 70 para controlar a explosão populacional e assegurar melhores condições de saúde e educação no país.
Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2012/02/08/mulheres-chinesas-incorrem-em-multas-para-ter-segundo-filho-em-hong-kong
Algumas mulheres oriundas de várias regiões do interior da China foram multadas nos últimos meses no regresso a casa, depois de terem tido um segundo filho em Hong Kong, de acordo com Zhang Feng que não especificou, em declarações ao jornal China Daily, quantas mulheres foram alvo de sanções e que tipo de multas foram aplicadas.
De acordo com a imprensa oficial chinesa, um aviso publicado no portal eletrónico do governo da província de Guangdong dá conta de que os infratores incorrem em multas num valor seis vezes superior ao rendimento 'per capita' correspondente ao local onde residem no interior da China.
Mesmo para os primogénitos, muitas mulheres preferem realizar o parto em Hong Kong onde os filhos passam a ter direito de residência e onde podem um dia radicar-se. Em Hong Kong, os serviços de maternidade têm sido "invadidos" por um forte fluxo de mulheres do interior da China.
A deslocação para as unidades hospitalares da antiga colónia britânica é feita, na maior parte das vezes, com apoio de intermediários que as ajudam a passar a fronteira já no final do tempo de gravidez, a conseguir alojamento e uma das poucas camas disponíveis para as parturientes não locais. As autoridades de Hong Kong fixaram para este ano a quota de camas destinadas a parturientes não locais, nos hospitais públicos e privados, em 34.400.
De acordo com a rádio e televisão pública de Hong Kong (RTHK), que citou o Secretário para a Saúde, York Chow, as políticas de restrição estão a começar a ter efeito, na medida em que se verificou uma recente quebra no número de mulheres do interior da China que tiveram filhos no território.
Segundo York Chow, as emergências dos hospitais notaram uma descida de 20 por cento em termos do total de mulheres que deram entrada já perto da fase de trabalho de parto.
O secretário para a Saúde de Hong Kong garantiu que o Governo vai continuar a tentar diminuir este fluxo que se tornou num problema e que levou o executivo a aumentar também as taxas cobradas nos hospitais pelos serviços de maternidade.
"Atualmente não é possível reservar uma cama para setembro. E para outubro já não há muitas disponíveis", indicou uma funcionária de uma agência com base em Shenzhen - adjacente a Hong Kong -, em declarações citadas pelo China Daily.
De acordo com as agências, realizar um parto em Hong Kong custa atualmente a estas mulheres mais do que 100 mil dólares de Hong Kong (9,7 mil euros), quantia 20 vezes superior à média cobrada no interior da China. Só o aluguer de uma cama custa cerca de 20 mil dólares (1,9 mil euros).
A introdução de quotas de camas levou as agências a atualizar os preços que, em 2013, devem sofrer um aumento de pelo menos 15 mil yuan (1,8 mil euros).
A política do 'filho único' foi introduzida na China nos anos 70 para controlar a explosão populacional e assegurar melhores condições de saúde e educação no país.
Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2012/02/08/mulheres-chinesas-incorrem-em-multas-para-ter-segundo-filho-em-hong-kong