13 de fevereiro de 2012

Sebrae Mulher de Negócios 2011

O Sebrae em Rondônia realiza no próximo dia 24 de fevereiro, em Porto Velho, a cerimônia de premiação do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2011, fase estadual. Das 64 inscritas, apenas uma, na categoria Pequenos Negócios, receberá troféu e, igualmente às demais, certificado de participação.
A ganhadora saiu dentre as inscritas nos municípios de Cacoal, Vilhena, Ariquemes, Pimenta Bueno, Ji-Paraná e Porto Velho, nas categorias Negócios Coletivos (associações e cooperativas) e Pequenos Negócios.
A cerimônia de premiação ocorrerá na casa de eventos Portal das Américas, na rodovia BR 364, a partir das 20 horas, e contará com a participação de convidados, empresas e membros do conselho deliberativo do Sebrae/RO.
O prêmio é uma realização, em nível nacional, da Fundação Nacional da Qualidade, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, governo federal, Federação das Associações de Mulheres de Negócios Profissionais Brasil e Sebrae. Em Rondônia, tem a parceria da Caixa Econômica Federal.
Cleide Pereira Silva, técnica do Sebrae responsável pelo prêmio, diz que a premiação foi criada com a finalidade “de reconhecer o mérito das mulheres que se destacam no mundo dos negócios. A essas empreendedoras que sabem ousar, vencendo preconceitos, transformando seus sonhos em realidade”.
A última ganhadora nacional do prêmio, em 2010, na categoria Pequenos Negócios, foi a empresária Patrícia Paz, da empresa Moura e Paz Reciclagem, de Vilhena (RO).
 

Rejeitada alteração à lei sobre partos de mulheres da China

O chefe do Executivo de Hong Kong, Donald Tsang, rejeitou hoje os apelos para que a Lei Básica seja alterada para conter o fluxo de mulheres do interior da China que têm filhos na Região. Numa entrevista exclusiva à rádio e televisão pública de Hong Kong (RTHK), Donald Tsang afirmou que a alteração da Lei Básica seria controversa, além de não responder às preocupações sobre a falta de camas em obstetrícia nos hospitais do território. 

O líder do governo considerou que as medidas de arácter extremo só devem ser equacionadas se as disposições administrativas forem ineficazes no controle do fluxo de mulheres do interior da China que procuram Hong Kong para terem um segundo filho e iludir a política do 'filho único', introduzida na China na década de 1970. 

Com efeito, mesmo para os primogénitos, muitas mulheres preferem realizar o parto em Hong Kong onde os filhos passam a ter direito de residência e onde podem um dia radicar-se. 

Para Donald Tsang, Hong Kong tem capacidade para receber algumas futuras mães provenientes do interior da China, apesar de compreender os receios por parte dos casais do território, estando a trabalhar com as autoridades para resolver o problema. 

Donald Tsang afirmou que o número de mulheres do interior da China que deu entrada nas urgências hospitalares do território para terem filhos diminuiu na semana passada, considerando que as políticas delineadas para combater os nascimentos não autorizados começam a mostrar-se eficientes.  

Na entrevista, o chefe do Executivo da Região Administrativa Especial disse ainda que o Governo está a equacionar a possibilidade de reduzir a quota de parturientes não locais e aumentar as taxas cobradas a não residentes.

Para este ano, as autoridades de Hong Kong fixaram em 34.400 a quota de camas para parturientes não locais nos hospitais públicos e privados.

Fonte: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/internacional/2012/1/6/Rejeitada-alteracao-lei-sobre-partos-mulheres-China,9a57358d-f45e-49d9-967e-b772cd68f6fc.html

Organizações de mulheres como UBM pressionam contra MP 557

Nota da UBM sobre a Medida Provisória Nº 557

A União Brasileira de Mulheres (UBM), através de sua direção executiva nacional, que esteve reunida no último dia 26 de janeiro analisando a Medida Provisória Nº 557, de 26 de dezembro de 2011. Esta MP institui o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna, no âmbito da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, coordenada e executada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A UBM posiciona-se radicalmente contrária a esta MP, somando-se e solidarizando-se ao posicionamento do movimento de mulheres e feminista.

A UBM – entidade com 23 anos de trajetória na defesa dos direitos e pela emancipação da mulher – e que tem caminhado com os movimentos de mulheres e feministas e sociais na defesa da saúde pública e dos direitos sexuais e reprodutivos, e com assento no Conselho Nacional de Saúde, demonstra seu estranhamento com a edição desta MP. A entidade entende que já existem no âmbito do SUS leis, normas técnicas e protocolos que atendam a essa finalidade, não sendo necessária a Medida para contemplar o que já consta no SUS. Desta forma, questiona acerca do controle e da invasão da privacidade das mulheres imposta pela Medida.

Embora a medida destaque que garantirá a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade da atenção à saúde materna, é contraditória na sua concepção política e ética, destacada no documento público da Rede Feminista de Saúde – Direitos Sexuais e Reprodutivos.

A UBM soma-se à posição da Rede Feminista de Saúde, a qual é filiada, compreendendo que o movimento e a luta pela defesa da saúde pública no Brasil e dos direitos sexuais e reprodutivos e a defesa do Estado Laico, têm marcado historicamente a luta da Rede Feminista e da UBM.

Em defesa da autonomia pessoal, política e econômica das mulheres!

Fonte: http://www.vermelho.org.br/rj/noticia.php?id_secao=8&id_noticia=175309


Questão étnico-racial é suprapartidária, dizem lideranças

Em visita a capital de Mato Grosso do Sul o presidente nacional do PMDB – Afro, Jorge Coutinho (PMDB), reuniu-se com o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB) para discutir o envolvimento amplo e democrático de lideranças políticas para fortalecer ações etnico-raciais dentro de segmentos públicos e suprapartidários do município de Campo Grande.

No encontro, Paulo Siufi ressaltou a importância de expor as deficiências que ainda interferem no processo de desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a população negra no Brasil, dizendo ser necessário agregar aliados para solidificar a luta pela igualdade de condições para assumir, segundo o parlamentar, espaços institucionais e alavancar a cultura afrobrasileira. “O PMDB Afro está crescendo e nós acreditamos que vamos chegar a igualdade social e isso se dará quando lideranças políticas mostrarem vontade de ampliar esse debate com envolvimento de diversos setores da nossa sociedade. A questão racial sempre será olhada de forma intensa e humana”, disse Siufi.

Para Jorge Coutinho é preciso rever o percentual significativo que reúne 62% da população negra do Brasil, para que haja mais inserção de políticas voltadas para esta parcela de cidadãos. “O que falamos não temos retratado. Onde estão esses 62%. A participação do negro é setorizada. O projeto de governo para o negro é cruel. Sem cultura e educação o país não anda, cabe a nós fazermos essa cobrança, mudar realmente”, acrescentou Jorge Coutinho.

Na oportunidade, o vereador Athayde Nery lembrou da aprovação do Plano Municipal de Cultura, criado para o município de Campo Grande que também contempla a cultura afro no município. “O preconceito é silencioso. Tem de discutir mais condições para consolidar ações com muita propriedade com questões que proponham políticas de igualdade étnicoracial”, destacou Athayde Nery.

Fonte: http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=80573 

Este ano comemoram-se os 80 anos do voto feminino - UGT em ação

Nesta quinta-feira, 09 de fevereiro, a Secretaria da Mulher da União Geral dos Trabalhadores (UGT) traçou um plano de ações da pasta para 2012, durante a primeira reunião do Coletivo de Gênero realizada com os sindicatos filiados e as UGTs Estaduais, na sede da UGT Nacional. Cássia Buffelli, secretária da Mulher e coordenadora do Coletivo de Gênero, ressaltou a importância da luta no enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher.

Desde a criação de comissão de mulheres no Cone Sul, fóruns, ações entre as centrais sindicais, atividades de rua, agitação em redes sociais, blogs e conferências, a UGT Mulher tem se mobilizado para ter seus direitos reconhecidos, conquistar a equidade de oportunidades e parar de ser vítima do processo de violência.

Por faltar tempo à mulher, que é tanto trabalhadora quanto dona-de-casa e cuidadora da família, esta acaba não encontrando espaço para reivindicar, daí a importância da ratificação da Convenção 156 (Igualdade de Oportunidades). “A gente faz um apelo para que cada estado dedique um momento para falar do PL da Igualdade. Este ano comemoram-se os 80 anos do voto feminino e precisamos batalhar pela reforma política, porque não temos mulher que nos represente no Congresso Nacional”, ressalta Cássia.

Uma forma de discriminação no ambiente de trabalho é a questão da diferença salarial entre homens e mulheres. Para março estão programadas diversas ações para acelerar a votação do PL da Igualdade, tais como um seminário da reforma política agendado para o dia 02 de março, no qual estarão presentes alguns parlamentares.

Para o dia 08 de marco, que é o Dia Internacional da Mulher, a será realizada uma atividade de rua (a UGT Convida) falando sobre as bandeiras comuns às centrais junto aos movimentos sociais. E para fechar o mês, no dia 29 haverá um encerramento das atividades em ato público no Congresso Nacional para a introdução do PL.

“Vamos fazer um texto conjunto sobre a importância do voto feminino, focando a importância do PL da Igualdade. O interesse vai se dar após sua aprovação, uma vez que ele fala da Cipe nas empresas. Uma vez que dará ao trabalhador espaço para se defender e poder denunciar, o que diminuiria em parte a discriminação”, frisa a secretária.

A UGT está presente também na propagação da luta pelo fortalecimento da Convenção 189 (Trabalhadores Domésticos) no Congresso, nas bandeiras de luta do 1O de maio com todas as centrais. No dia 29 de maio está programado um seminário para tratar da categoria doméstica.

As mulheres da UGT destacam os debates das agendas de propostas em vista das eleições municipais, apontam a importância das mulheres candidatas para representar os trabalhadores no governo. Para agosto está planejada uma Conferência sobre a necessidade da representatividade do movimento sindical no parlamento. “Só haverá mudança, a partir de uma construção coletiva de compromisso de todos que participam”, finaliza Cassia.




 

Dilma: decisão sobre Lei Maria da Penha fortalece luta contra violência

A presidente Dilma Rousseff comemorou nesta sexta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que agressores possam ser processados por lesão de qualquer gravidade pela Lei Maria da Penha mesmo sem queixa da vítima. Antes, a representação da vítima era fundamental para o início do processo.
"Hoje estamos trocando o comando da Secretaria de Política para as Mulheres em um momento muito especial para todas as mulheres brasileiras, que é o fato de o STF ter uma decisão em relação à Lei Maria da Penha que fortalece a luta contra a violência contra as mulheres e elimina as controvérsias. Ontem, tenho certeza que todas nós, mulheres e homens brasileiros, demos um passo na construção de uma sociedade em que, de fato, a luta contra a violência e a discriminação avançou", disse a presidente ao dar posse à nova ministra-chefe da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci. Ela substitui a petista Iriny Lopes, que deixa o governo para disputar a prefeitura de Vitória (ES).
"Podemos enfatizar o grande avanço que foi para o Brasil a Lei Maria da Penha e a importância também para todas as mulheres e homens e, sobretudo, para as famílias, para que haja uma clara lei que considera crime uma violência contra a mulher dentro de suas casas e fora dela", completou Dilma.
"Ontem, a vitória no STF representou um marco histórico na vida das mulheres brasileiras e tenho uma emoção triplicada. A Lei Maria da Penha representa um avanço significativo em relação ao direito das mulheres no mundo por tornar crime todo ato de violência física, moral, sexual nas esferas das relações domésticas e familiares", disse a nova ministra da Secretaria de Política para as Mulheres.
Conforme a decisão do STF, as mulheres também não poderão retirar a queixa em casos de agressão física. O único divergente foi o presidente da Corte, ministro Cezar Peluso. Os demais ministros seguiram o voto do relator, Marco Aurélio Mello, que alegou que em muitos casos a mulher volta atrás na denúncia, frente a pressões do agressor.
"Dados estatísticos demonstram que o índice de renúncia chega a alcançar 90% dos casos. E deve-se ao fato de (a vítima) vislumbrar uma possibilidade de evolução do agente (agressor), quando na verdade o que acontece é a reiteração de procedimento, e pior, de forma mais agressiva ainda em razão da perda dos freios inibitórios e da visão míope de que havendo o recuo na agressão pretérita o mesmo ocorrerá no subsequente", argumentou o relator nesta quinta.
O assunto foi levado ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que defende que o Ministério Público possa registrar a queixa contra o agressor e que se abra o processo sem a iniciativa da agredida.



Jandira Feghali reafirma luta pela saúde da mulher

Em meio aos debates sobre a constitucionalidade da Lei Maria da Penha e a Medida Provisória que institui o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna , que dominaram a semana na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) salientou que manterá com firmeza sua posição em defesa dos direitos da mulher e do avanço das ações no campo da saúde, especialmente no combate à mortalidade materna.

Jandira, que é médica, sempre atuou nesta área tendo participado da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Mortalidade Materna e foi relatora da Lei Maria da Penha na Câmara dos Deputados.

A deputada ressaltou que “defender a redução das mortes maternas é defender um sistema de saúde de qualidade e de acesso universal. A MP não avança neste sentido e ainda viola princípios caros à reconhecida luta pelos direitos reprodutivos das mulheres”.

A MP 557, editada em 26 de dezembro passado, institui o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna, no âmbito da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, coordenada e executada pelo Sistema Único de Saúde ( SUS).

Mais um apoio

Jandira também comentou a instalação, nesta quarta-feira (8), no Congresso, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar denúncias de omissão do poder público sobre à aplicação de medidas legais criadas para a proteção das mulheres vítimas de violência.

A deputada considera a instalação da CPMI mais um apoio ao cumprimento da Lei Maria da Penha. Na sua avaliação ainda, a “necessidade de instalação de uma CPMI revela ao País a inoperância no cumprimento da lei e a vigilância da bancada feminina no Congresso”.

Fonte: sigajandira.com.br

Proibição do véu pela Fifa afasta mulheres do futebol

 
 
As mulheres muçulmanas estão se afastando do futebol por causa da proibição da Fifa ao hijab (véu islâmico), e isso deve aumentar se quem faz as regras não reverter a decisão em uma reunião no próximo mês, disse o príncipe Ali Bin Al-Hussein, da Jordânia.
Embora esportes olímpicos como o rúgbi e o taekwondo permitam que muçulmanas usem o véu nas competições, o futebol, o esporte mais popular do mundo, continua contrário a seu uso, citando preocupações com a segurança.
No ano passado, a equipe de futebol feminino do Irã não pôde participar do jogo de qualificação na segunda rodada para as Olimpíadas de 2012, contra a Jordânia, porque as jogadoras se recusaram a retirar seus hijabs antes do chute inicial.
O Irã estava no topo do seu grupo na primeira rodada de qualificações para a Olimpíada depois de não perder nenhuma vez, mas a nação asiática foi declarada derrotada por 3 a 0 na segunda rodada porque não se submeteu às regras, pondo um fim abrupto ao sonho de competir em Londres.
"É muito importante que todo mundo tenha a chance de praticar o esporte que ama e, obviamente, as leis dos jogos têm que ser emendadas para permitir isso", disse o príncipe Ali, vice-presidente da Fifa, em uma entrevista em Cingapura.
"Acho que o futebol, como o esporte mais popular do mundo, acessível a todos, deveria assumir a liderança nessa questão, e é o que estamos tentando buscar e esperamos obter uma permissão da Ifab".
Fundada em 1886, a Junta Internacional da Associação de Futebol (Ifab), é a última instância legislativa do futebol, englobando quatro membros do organismo que governa o esporte mundialmente (a Fifa) e quatro das associações britânicas.
Ela fará uma reunião na Inglaterra em 3 de março, quando o príncipe Ali defenderá que as jogadoras usem o hijab com um velcro, desenhado na Holanda, que pode se abrir se for puxado. Ele espera que isso acabe com as preocupações de segurança.
Uma maioria de três quartos é exigida para que a proposta seja aprovada pela Ifab, que proibiu o hijab pela primeira vez em 2007, quando Asmahan Mansour, de 11 anos, foi proibida de jogar pela Federação de Futebol de Québec depois que se recusou a retirar o véu.
"Eu realmente espero e realmente acredito que, se o bom-senso prevalecer, todos apoiarão isso, por que não? Não gosto de política, vamos direto ao ponto, que é permitir que todos os nossos jogadores participem em todos os níveis", disse o príncipe Ali.
Em 2010 a Fifa ajustou suas regras para permitir o uso de um gorro que cobria a cabeça das jogadoras, mas não chegava às orelhas nem cobria o pescoço.
Questionado se estava preocupado que as muçulmanas se afastassem do esporte se a Ifab não permitisse o uso do véu, o príncipe Ali disse que já poderia ser tarde demais para algumas.
"Bem, acho que já estamos vendo isso, e acho que é muito infeliz. Acho que precisamos dar o direito (de jogar) para todos no mundo todo e temos que respeitar a cultura de cada um".



10 de fevereiro de 2012

Instalada CPMI sobre violência contra a mulher

O Congresso instalou nesta quarta-feira (8) comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar situações de violência contra a mulher no Brasil. A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) foi eleita presidente da comissão e a relatora será a senadora Ana Rita (PT-ES).
Como os parlamentares queriam acompanhar o julgamento sobre a consitucionalidade da Lei Maria da Penha no Supremo Tribunal Federal (STF), a eleição da vice-presidente foi transferida para o dia 28 de fevereiro, após o carnaval. Nessa reunião, a relatora deverá apresentar seu roteiro de trabalho.
Após a escolha, a relatora afirmou que é fundamental garantir que a Lei Maria da Penha seja efetivamente aplicada. O colegiado, que será formado por 12 senadores e 12 deputados, terá 180 dias para apurar denúncias de omissão do poder público quanto à aplicação de instrumentos legais criados para a proteção das mulheres. Ao término dos trabalhos, a CPMI vai sugerir a adoção de políticas públicas relacionadas ao assunto.

Reportagem - Vania Alves/ Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'

Gestantes têm emprego garantido mesmo em período de experiência

As grávidas que estão em períodos de experiência no trabalho ou em aviso prévio podem ter direito a estabilidade garantida do emprego, assim como acontece com as gestantes que trabalham com contratos de período indefinido.
Apesar de não haver decisão do Supremo Tribunal Federal que estabeleça que as gestantes tenham garantia de emprego em contratos com tempo determinado - como é o caso do período de experiência -, alguns juízes estão tomando decisões a favor das funcionárias, o que não acontecia antes, segundo advogados.
“Durante muito tempo se entendeu a ideia de garantia de emprego era incompatível com o conceito de prazo determinado. Mas temos visto em casos em que o TST [Tribunal Superior do Trabalho] passou a reconhecer que a estabilidade do trabalho é possível em contratos com período determinado,” afirma o advogado trabalhista Daniel Chiode, do escritório Fleury Malheiros, Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima.
Segundo ele, essa orientação de conceder estabilidade de emprego foi adotada para servidores públicos, mas está se estendendo.
O argumento que sustenta as decisões favoráveis às gestantes é a necessidade de proteção do bebê, segundo Chiode. “A discussão sobre a garantia de estabilidade ou não do emprego, independentemente do contrato, extrapola os limites da relação de trabalho, uma vez que a premissa é a proteção da criança."
O assunto foi tratado recentemente pelo ministro Walmir Oliveira da Costa, em um caso que foi concluído no final do ano passado com a decisão de que a empresa deveria pagar à gestante os salários e demais direitos correspondentes ao período da estabilidade, com juros e correção monetária.
Segundo a Sandra Sinatora, advogada especialista em Direito Material e Precessual do Trabalho da Ragazzi Advocacia e Consultoria, Oliveira da Costa destacou em seu voto que é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses depois do parto.
Ele defendeu ainda que o Ato das Disposições Transitórias (ADCT) da Constituição Federal não faz distinção entre o contrato a prazo determinado e a prazo indeterminado.
No entanto, o assunto não tem um consenso entre os ministrios brasileiros. Segundo Chiode, hoje um deles pode ser favorável a uma gestante que tenha sido demitida, ainda que não tenha comunicado oficialmente seu empregador sobre sua gravidez, por exemplo. No entanto, também é possível que um outro ministro não dê o ganho da causa à funcionária.
“É muito comum decisões totalmente diferentes sobre o mesmo assunto,” afirma Chiode, que acrescentou que para que as decisões fossem uniformes, seria preciso que o STF tivesse uma súmula vinculante que definisse como o tema deve ser tratado.
Sandra acrescenta que em assuntos de Direito do Trabalho há muito dinamismo nas orientações, o que dificulta que as decisões sejam sempre iguais. "Não dá para ter uma estabilidade, e temos visto muitas vezes a decisão favorável mais ao empregado," afirma.
Há ainda uma agravante nesta discussão, segundo Chiode, que é a falta de definição sobre a necessidade ou não de a empregada informar seu patrão sobre sua gestação. “Não é claro se o direito à estabilidade é válido a partir da confirmação da gravidez ou da ciência do empregador,” afirma Chiode.
O que fazer
A sugestão para as gestantes que se sintam prejudicadas é que busquem um advogado para mover uma ação contra a empresa. Segundo Sandra, a funcionária que tenha sido demitida com dois meses de gravidez, por exemplo, pode conseguir os pagamentos de salários e benefícios referentes a todo o período de gravidez que teve pela frente, ou seja, mais sete meses, e a outros cinco meses após o nascimento do bebê. "Ela pode conseguir todo o valor em dinheiro," afirma.
Já a orientação para o empregador, dada pelo escritório Ragazzi Advocacia e Consultoria, é que ele não deixe de dispensar as gestantes após o período de experiência apenas pelo motivo da gravidez. Caso uma ação seja movida pela ex-funcionária, ele deve lutar na Justiça pelo que considera certo.

http://economia.ig.com.br/financas/gestantes-tem-emprego-garantido-mesmo-em-periodo-de-experiencia/n1597620621968.html