23 de novembro de 2011

Políticas para mulheres e povos tradicionais são temas de Seminário

Um encontro para a planejar e debater políticas e ações nacionais reúne em Brasília, 26 delegados federais, seus adjuntos, articuladores locais e coordenadores de cada delegacia participam do Seminário Nacional de Delegados (as) Federais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O evento que vai até a próxima quinta-feira (24), recebeu na noite da segunda-feira  (21) a diretora de Políticas para as Mulheres Rurais e Quilombolas Andrea Lorena Butto Zarzar. Ela falou sobre a importância das Políticas de apoio à promoção da Igualdade de Gênero, Povos e Comunidades Tradicionais promovidas pelo MDA.

Focada na questão de gênero, Andrea resumiu as ações voltadas para a mulher e explicou as mudanças a serem realizadas em breve para aperfeiçoar o Programa de Documentação da Trabalhadora Rural. “O Programa de Documentação da Trabalhadora Rural será o principal animador dos mutirões. Estamos prevendo atividades recreativas para as crianças e oficinas de crédito tributário, entre outras coisas”, celebrou a diretora. Além disso, ressaltou que está em estudo uma nova forma de abordagem de campo. “A assistência técnica hoje é realizada basicamente por homens, precisamos acabar com o lado masculino da coisa e trazer mais comodidade para as mulheres participarem dos programas se sentindo parte principal deles, não apenas participantes secundárias.

A diretora reiterou a fala do ministro Afonso Florence na abertura do evento afirmando que “Nossa responsabilidade é central para o desenvolvimento do país. O MDA é um órgão que trabalha com o coração e representa um projeto nacional, generoso e inclusivo. Ela informou ainda que “é necessário educar e atender cada vez mais os grupos de mulheres, hoje 70% delas estão na informalidade e dessa maneira não conseguirão acessar política pública nenhuma”, finalizou.

Na Noite de ontem, houve ainda a participação das representantes da Diretoria, Jeigiane Portela falando sobre as políticas voltadas para povos e comunidades tradicionais (PCTs) e Dina Calmon, expondo sobre os quilombolas. Foram apresentadas as ações para a promoção do desenvolvimento sustentável com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos direitos dos povos e comunidades tradicionais.

Esses grupos ocupam e usam, de forma permanente ou temporária, territórios tradicionais e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. Para isso, são utilizados conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. Entre os PCTs do Brasil, estão os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades de terreiro, os extrativistas, os ribeirinhos, os caboclos, os pescadores artesanais, os pomeranos, entre outros.

Hoje o MDA estima 5 milhões de famílias e 25 milhões de pessoas neste grupo. “Os programas de governo para os PCTs já estão em 21 estados e as delegacias regionais de desenvolvimento agrário ajudam a articular as ações, por isso a apresentação dos programas são essenciais para os delegados e articuladores. “São eles quem estão no contato, no dia a dia das pessoas. Consta no nosso plano de ação abranger todos os estados onde estes povos, que por si só são uma diversidade, estejam. É nosso dever, é direito deles”, concluiu Jeigiane Portela.
 
Fonte:  http://www.180graus.com