8 de fevereiro de 2012

Direitos humanos e abertura política podem ser temas de reuniões em Havana





A visita da presidenta Dilma Rousseff a Cuba ocorreu cinco dias depois de o governo brasileiro ter concedido visto de entrada à jornalista e blogueira cubana Yoani Sánchez, uma das principais críticas do governo do presidente Raúl Castro. A iniciativa foi interpretada por organizações não governamentais e especialistas como uma sinalização do Brasil de que a questão de direitos humanos e abertura política vai ser tema das reuniões em Havana.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, negou que o tema será abordado publicamente por Dilma nas reuniões em Cuba. Patriota preferiu elogiar a abertura do diálogo político envolvendo o governo cubano e a Igreja Católica do país no que refere aos dissidentes políticos a levantar dúvidas sobre a condução das questões relativas aos direitos humanos na região.
Há aproximadamente dois anos, os governos de Raúl Castro e da Espanha iniciaram uma negociação com a Igreja Católica de Cuba para a libertação progressiva de 52 dissidentes políticos. Gradualmente, os presos foram libertados e enviados para cidades espanholas. Mas em Cuba, um movimento denominado Damas de Branco – mulheres ligadas aos dissidentes mantidos em prisão – ganha força e cobra a abertura política no país.

Fonte: http://www.agenciabrasil.ebc.com.br/