6 de março de 2012

Mulheres não pensam só em creche e no social, mas no geral e com sensibilidade


O dia internacional das Mulheres é datado para próxima quinta-feira (8), mas as comemorações, comentários, balanços de reivindicações será feito a semana toda em todos os meios sociais. Assim, a imprensa também ou principalmente estará dentro do tema. Com isto, já nesta segunda-feira (5) a primeira a falar foi a mulher com o maior cargo publico de Mato Grosso do Sul, a vice governadora Simone Tebet, que concedeu entrevista a rádio Mega 94.
Simone falou de sua experiências pela vida política e das posturas da mulher em todos os lugares por onde estão ou pretendem estar. "A postura de nós mulheres tem que ser sempre grandes guerreiras, de mãe, trabalhadora, audaz, mostrando exemplo, pois querendo ou não, temos que galgar todos os degraus de forma diferente das dos homens. Como mulher com meu marido, eu posso ser mais despojada, me vestir de forma assim, mas como vice governadora, profissional, tenho, temos que estar a altura, bem. Que como mulher até na vestimenta ou nela mais ainda somos avaliadas. Falo nisto, que na superficialidade sobre roupa, que muito comentam sobre meu modo, para dar exemplo de como devemos estar em todas as posturas", apontou Simone.

Ampliação e maior participação da mulher

A vice governadora frisou muito sobre a participação de todas as mulheres e em todos os seguimentos, não só pelo "poder", mas para ampliação de pensamentos da capacidade total e em todos os campos, de toda a sociedade, tanto homens, como as próprias mulheres.
"O que falta é sairmos de 12% de mulheres na vida pública e abranger no mínimo 30%, que seria já um percentual muito bom. Não precisa até mais que isso, não queremos o poder pelo poder, dividir metade para assim 'medir forças'. Os homens, se é que devemos dividir assim, ficam com 70%. Mas temos que ir galgando este percentual para a balança do pensamento, ideais ou modo de trabalho ir mudando mais profundamente até mesmo entre nós", disse.
Está mudança colocada por Simone abrange até o pensamento de que mulher só faz trabalho de cunho maternal. "A maior participação das mulheres seria para mostrarmos a todos/as que fazemos tudo. Temos que eleger mulheres sem extiguimatizar, tanto homens como as próprias mulheres, que a mulher só pensa em creche, no social, mas que ela pensa na economia do campo e da industria. Que fazemos a política na sua totalidade, mas como uma visão diferente, mais fraterna, social, mais com mais discernimento, econômica como no orçamento doméstico", avaliou.
Simone por fim, recomendou: "Una-se a nós, vem fazer política com quem já está no meio, porque a mulher faz economia, faz a política todo dia. Venham fazer política partidária, se filia a um partido, o mundo, o Brasil e MS não é diferente, precisa da sensibilidade feminina", pediu.
Ela acrescentou e foi filosófica resumindo sua entrevista. "Para que o mal opera, basta que os bons se omitam.E para que se tenha uma boa política, para que ela melhore neste ou naquele sentido, que se faça boa em tudo, tenhamos a participação de todas nós, de mais mulheres colocando, se é isto, sua sensibilidade a serviço e a exemplo", finalizou.


Fonte: Lúcio Borges - Capital News (www.capitalnews.com.br)