A participação maciça de representantes dos poderes, empresários,
população em geral, no lançamento da campanha alusiva ao Dia
Internacional da Mulher, 8 de março, ‘Mato Grosso Respeitando a Mulher’,
deu o pontapé inicial para as ações que serão desenvolvidas ao longo
deste mês, em defesa dos direitos da mulher.
Numa iniciativa da Sala da
Mulher da Assembleia Legislativa em parceria com o Governo do Estado,
Ministério Público e Associação das Primeiras-Damas dos Municípios, a
campanha acontece no dia 8, com mesa redonda sobre políticas públicas;
lançamento da cartilha da Lei Maria da Penha e caminhada pelo fim da
violência doméstica. O lançamento aconteceu nesta quinta-feira (01), na
sede da AL. Confira programação www.joseriva.com.br ou al.mt.gov.br.
Tendo como foco principal conscientizar a população sobre a importância
da denuncia do agressor e educação dos filhos, a coordenadora da Sala da
Mulher, Janete Riva exibiu um documentário intitulado ‘Mudança’ que
marcou o evento e serviu para refletir sobre os relatos dos fatos
verídicos que chocaram os participantes. Também citou algumas
estatísticas “estarrecedoras”. Disse que de cada 10 mulheres, três
sofrem agressão. Muitas delas levam anos para fazer a denúncia. E que a
cada dia aumenta a crueldade dos agressores.
“Então, pensamos como podemos ajudar? Assim nasceu a campanha ‘Mato
Grosso Respeitando a Mulher’, um trabalho que conta com parceiros
engajados na luta em defesa dos direitos da mulher”, explicou Janete.
Segundo ela, a campanha é o resultado da união de forças dos parceiros
envolvidos. “Porque queremos mulheres que se respeitam, capacitadas, e
que participem da caminhada pela paz. Faremos um grande ato de
conscientização para que cada um faça a sua parte em defesa da mulher”,
destacou, ao reforçar o convite nas ações que serão desenvolvidas no
próximo dia 8.
Lembrou que a Lei Maria da Penha ficou mais “poderosa”, já que qualquer
pessoa pode denunciar atos de agressão contra a mulher. Mas, que na
maioria das vezes, a vítima não denuncia por temer o desamparo dos
filhos. A violência contra mulher, além de ser uma questão cultural,
política é também de saúde pública. “Indicadores apontam que de cada
cinco dias de falta no trabalho, no mundo, um é causado pela violência
doméstica”, lamentou.
Também alertou que mulheres com idade entre 15 e 40 anos perdem mais a
vida por violência e estupro do que por doenças. A mulher agredida pode
sofrer isolamento social, incapacidade de trabalhar e, geralmente,
ganham menos.
O presidente da AL, deputado José Riva reforçou a necessidade de
conscientizar as pessoas em denunciar no primeiro ato de agressividade. E
o enfrentamento para combater o uso de drogas. “Temos que estar
preparados para dar o apoio às vítimas. Em determinados momentos a
violência acontece pelo uso de drogas. O Brasil precisa se preparar para
combater esse grande mal”.
Um dos responsáveis pela divulgação da campanha, Fabio Monteiro,
secretário de Comunicação da AL/MT, listou as ações que a Casa preparou
para disseminar a campanha. E apresentou o VT, que será exibido na
televisão. “Pode chocar ou trazer sentimento de repulsa, mas aborda o
fato como é na prática”.
A secretária de Trabalho e Assistência Social, Roseli Barbosa disse que
as ações de amparo à mulher já despertam o interesse de outros países. E
reforçou a necessidade de cursos de capacitação. “A mulher precisa
buscar o seu espaço, se tornar independente para sair do convívio
desastroso, para tocar a sua vida com dignidade”.
A iniciativa de Mato Grosso será implantada no estado vizinho Mato
Grosso do Sul. “Toda experiência que dá certo é válida. Vim conhecer o
trabalho social da Sala da Mulher para implantar na Assembleia
Legislativa de Mato Grosso do Sul”, disse a deputada Mara Caseiro (PT do
B).
“Com certeza essa campanha fará história. Ajudando mulheres a defender
melhor seus direitos”, concluiu Lindinalva Rodrigues, promotora de
Justiça de Mato Grosso.
Fonte: http://www.odocumento.com.br/materia.php?id=386332